Cada ser humano tem características próprias, características que os tornam únicos. No entanto, para conseguirmos explicar este facto, temos que ter em conta dois aspectos essenciais: o meio e a hereditariedade. Assim sendo, ao conjunto de características que uma pessoa recebe por hereditariedade dá-se o nome de genótipo e ao conjunto de características que um individuo apresente, resultado da sua hereditariedade e de influência do meio, denominamos fenótipo. Um indivíduo é, ao longo da sua vida, muito influenciado pelo meio. Assim, o meio é constituído por elementos que intervêm no comportamento de cada indivíduo. De realçar, que esta influência é também notória nos nove meses em que a criança está a desenvolver-se – meio intra-uterino –, uma vez que se a mãe se alimenta mal, ingere álcool, é toxicodependente, etc., estes comportamentos inadequados da mãe podem trazer problemas físicos e mentais no desenvolvimento da criança, provocando nesta uma dependência das mesmas substâncias.
A genética também tem grande influência nas características de um indivíduo. Referimos sempre a influência nas características físicas (a cor da pele, dos olhos, do cabelo, etc.), porém, a influência genética actua também sobre as estruturas orgânicas – sistema nervoso e endócrino –, que são determinantes no comportamento humano.
Há quem defenda que o nosso desenvolvimento é influenciado sobretudo pelo meio, ou principalmente pela hereditariedade. Porém, a hereditariedade não pode exprimir-se sem um meio apropriado, assim como o meio não tem qualquer efeito sem o potencial genético. Por isto, afirma-se que a hereditariedade e o meio interagem, determinando o desenvolvimento orgânico, psicomotor, a linguagem, a inteligência, a afectividade, etc.
Há quem defenda que o nosso desenvolvimento é influenciado sobretudo pelo meio, ou principalmente pela hereditariedade. Porém, a hereditariedade não pode exprimir-se sem um meio apropriado, assim como o meio não tem qualquer efeito sem o potencial genético. Por isto, afirma-se que a hereditariedade e o meio interagem, determinando o desenvolvimento orgânico, psicomotor, a linguagem, a inteligência, a afectividade, etc.
Para melhor entendermos este "confronto" foi-nos mostrado um documentário sobre uma rapariga selvagem, Genie. Genie é o pseudónimo pelo qual ficou conhecida Susan M. Wiley nascida a 18 de Abril de 1957 e viveu praticamente todos os seus primeiros 13 anos em total isolação da sociedade. Foi descoberta pelas autoridades de Los Angeles no 4 de Novembro de 1970.
Quando descoberta, Genie desconhecia a linguagem e obteve um desempenho equivalente ao de uma criança de quinze meses de idade num teste cognitivo.
Quando descoberta, Genie desconhecia a linguagem e obteve um desempenho equivalente ao de uma criança de quinze meses de idade num teste cognitivo.
O presente documentário traz uma abordagem de casos de seres humanos, em especial o de Genie, que cresceram longe de qualquer convívio com algum ser humano. Absolutamente isoladas, sem condições de aprender a realizar tarefas básicas de seres humanos. Muitas até mesmo criadas com e por animais, de modo que crescem e quando são encontradas apresentam comportamentos que se assemelham aos animais com que viveram dentre outros distúrbios graves, e a certeza de que elas serão para sempre incomunicáveis.
A Genie não se desenvolveu apesar de estar geneticamente preparada para isso, não foi estimulada nem posta em contacto com o meio o que fez com que o seu desenvolvimento ficasse “estagnado”.
Sem dúvida que o desenvolvimento da linguagem é um factor genético, porque só o ser humano é capaz de falar e escrever, mas as potencialidades para a conduta verbal só se manifesta em virtude do relacionamento com as outras pessoas.
Assim podemos concluir que a hereditariedade atribui características ao ser humano que precisam de um meio favorável para se desenvolver.
Documentário: Genie, a rapariga selvagem
Parte I
Parte II
Part III
Part IV
Part V
Parte VI
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